O
tempo estava programado
A
plenitude tinha hora marcada para se findar, mesmo que ainda fosse
desconhecida
Os
dias foram vividos em sua extremidade absoluta
Pois
o amanhã poderia não existir
Dias,
semanas, meses
Até
que fosse possível imaginar que não haveria fim
Mas
ela surge sem pedir licença
Não
se sabe nem a porta utilizada para entrar, mas entrou
Fato
é que ela se mostra novamente presente
Junto
ao estado de inércia e quase desalento
Um
detalhe, uma vírgula, uma palavra ou a ausência dela
Todos
juntos ou apenas um desses elementos já seria suficiente para lhe
transportar a uma outra dimensão
Um
outro lugar nebuloso, vazio e frio
Mais
uma prova, mais um teste e um vestibular que parece infinito
Ela
bate à porta
Ela
invade
Ela
sempre volta