quarta-feira, 4 de junho de 2014

24 horas de sono


O sono vem, mas sem a vontade de dormir. Seria me desligar do mundo e perder um tempo precioso olhando o mar, aprendendo, evoluindo, amando.

O sono vem, mas existe uma luta para que ele não vença essa briga por perda ou ganho.
Bate o medo de não acordar, de perder algo insubstituível ou que não volta mais.

Mas o corpo pede, ele implora por uma pausa, enquanto uma vida intensa me chama lá fora. Tanto por fazer num curto espaço de 24 horas.

Não é suficiente, não basta e não cabe diante do combustível que hoje me move e que me leva em busca dos meus caminhos, meus lugares e minhas pessoas.


Os dias seguem e o relógio não para. 
O tempo de fato parece não passar, mesmo acabando em seguida. Os passos são mínimos, imperceptíveis, onde as mudanças e novidades nem sempre podem ser notadas.

A vida que se vive não satisfaz, não sacia, não completa.
A vida que se quer não lhe pertence, mas está logo adiante.

Ao mesmo tempo é tão próxima, que não desejar, não sentir e não sonhar se torna uma missão impossível, onde não se pode resistir.
A sedução vence os receios e medo.

slsjr