O sono vem, mas
sem a vontade de dormir. Seria me desligar do mundo e perder um tempo precioso
olhando o mar, aprendendo, evoluindo, amando.
O sono vem, mas
existe uma luta para que ele não vença essa briga por perda ou ganho.
Bate o medo de
não acordar, de perder algo insubstituível ou que não volta mais.
Mas o corpo
pede, ele implora por uma pausa, enquanto uma vida intensa me chama lá fora.
Tanto por fazer num curto espaço de 24 horas.
Não é
suficiente, não basta e não cabe diante do combustível que hoje me move e que
me leva em busca dos meus caminhos, meus lugares e minhas pessoas.
Os dias seguem e
o relógio não para.
O tempo de fato parece não passar, mesmo acabando em
seguida. Os passos são mínimos, imperceptíveis, onde as mudanças e novidades
nem sempre podem ser notadas.
A vida que se
vive não satisfaz, não sacia, não completa.
A vida que se
quer não lhe pertence, mas está logo adiante.
Ao mesmo tempo é
tão próxima, que não desejar, não sentir e não sonhar se torna uma missão
impossível, onde não se pode resistir.
A sedução vence
os receios e medo.
slsjr