Cotidiano, Devaneios, Amor: Momentos de ficção, passagens verdadeiras, viagens internas, devaneios e tentativas de entender o que se passa.
domingo, 28 de setembro de 2014
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Eu teria que amar menos
Eu
teria que amar menos
Para
que as noites não fossem tão frias
Para
que o coração suportasse com mais facilidade
Para
que os dias de ausência fossem mais curtos
Eu
teria que amar menos
Para
que coisas pequenas não tomassem uma proporção colossal
Para
que detalhes continuassem sendo apenas detalhes
Para
que os pensamentos não fossem tão desviados
Eu
teria que amar menos
Para
que não precisasse de tanto para ser completo
Para
que existisse a autossuficiência
Para
que não fosse necessário chamar sua atenção
Seria
viver sem jamais entender plenamente o significado da saudade
Seria
viver sem os sorrisos mais gratuitos
Seria
viver sem aquilo que era inimaginável
Eu
teria que amar menos
Para
que não existisse medo da chuva que pode te levar
Para
que fosse normal uma vida sem ti
Para
que fosse natural abrir mão da presença tua
Eu
teria que amar menos
Para
que o primeiro pensamento do dia fosse outro
Para
que a última lembrança pudesse variar
Para
que as noites de sono fossem tranquilas longe da metade que completa a outra
Eu
teria que amar menos
Para
que a bifurcação não fosse temida
Para
que os reencontros não fossem tão aguardados
Para
que o tempo não precisasse parar ao lado teu
Seria
viver sem a maior das experiências
Seria
viver achando que sabia tudo
Seria
viver sem o dom do amor
Eu
teria que amar menos para não ter que amar tanto
Seria
viver, mas viver o quê?
slsjr
domingo, 7 de setembro de 2014
Enquanto você dorme
Enquanto você
dorme eu sonho
Sonho com novos
capítulos, com novos sorrisos
Com a história jamais vivida
Enquanto você
dorme eu sinto
Sinto que ainda
existem muitos versos, que ainda não chegamos à metade
E que o sonho permanece
sendo sonho
Enquanto você
dorme eu vivo
Vivo meus dias
pensando nos seus, querendo estar aí
E planejo nossas vidas
Sou passageiro
sem acesso ao leme
Refém em águas
de um mar aberto
Navegando
eventualmente na calmaria
Enquanto você
dorme eu canto
Cantos as
canções escritas pra ti, os refrões que tolamente tentam explicar o que se
passa,
Mas que não são capazes
Enquanto você
dorme eu caminho
Caminho te
imaginando ao meu lado, de mãos entrelaçadas como correntes,
Como se nada
pudesse quebrá-las
Enquanto você
dorme eu sigo
Sigo tentando
entender, ouvindo a voz que ecoa dentro do meu peito
E questiono os motivos
deste laço
Relutei em vão,
pois sou pequeno
Trasbordo porque
sozinho não posso tanto
Vou e volto
infinitas vezes para dar conta
E enquanto você
desperta, durmo eu
slsjr
slsjr
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