Ele olha, mas
não vê
O olhar segue
perdido
Vida que se
mostra errante
Inerte é o
estado
As horas não
passam
O vazio se
apresenta
A cura está
distante
O corpo dói
Reclama a
ausência
Não há como
substituir
O sonho se
perdeu
Outros objetivos
estão escassos
Segue mudo
Nos ombros um
peso imensurável
O ar segue
rarefeito
O sono ameniza a
perda
Ao abrir dos
olhos, lá estão as lágrimas
Disfarça o
semblante
Foge pra não ter
que explicar
Procura e nada
encontra
Grita sem ser
ouvido
Deseja sem ser
atendido
Perde as forças
A febre o abraça
Vê-se no escuro
Foge dos flashes
Os sinais não
existiram
As palavras não
foram ouvidas
A voz não se
manifestou
Não houve ao que
se manter preso
A porta se fechou
Desistiu então