quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Existe o amanhã?

Existe o amanhã?

Os dias passam cada vez mais rápidos.
Nasce o sol e a noite cai em um piscar de olhos.
Minutos parecem segundos.
As horas passam como se fossem minutos e o amanhã parece não mais existir.

Existe um vazio, uma lacuna, uma parte de mim.
Falta algo, um lugar, talvez alguém.
Ainda não sei ao certo e sigo tentando descobrir.

Certos dias são mais vazios que outros e não encontro a explicação exata para tal sentimento de ausência. Por cinco minutos eu esqueço tudo e me torno a pessoa mais feliz do mundo, mas pelas outras vinte e três horas e cinquenta e cinco minutos do dia, a ausência desse desconhecido tão necessário torna-se presente.
Então eu desisto de mostrar quem eu sou. Então eu prefiro abrir mão do que poderia ser uma grande história e escrevo sobre as lamentações que estão envolvidas.

Então continue enxergando apenas o que quer, enquanto seguirei sendo invisível.
Então se um dia os olhos se abrirem e a escuridão for embora, talvez eu ainda esteja por perto.
Talvez minhas mãos ainda estejam estendidas.