domingo, 26 de outubro de 2014

Tempo, espaços, vírgulas


O tempo estava programado
A plenitude tinha hora marcada para se findar, mesmo que ainda fosse desconhecida

Os dias foram vividos em sua extremidade absoluta
Pois o amanhã poderia não existir

Dias, semanas, meses
Até que fosse possível imaginar que não haveria fim

Mas ela surge sem pedir licença
Não se sabe nem a porta utilizada para entrar, mas entrou

Fato é que ela se mostra novamente presente
Junto ao estado de inércia e quase desalento


Um detalhe, uma vírgula, uma palavra ou a ausência dela
Todos juntos ou apenas um desses elementos já seria suficiente para lhe transportar a uma outra dimensão

Um outro lugar nebuloso, vazio e frio
Mais uma prova, mais um teste e um vestibular que parece infinito

Ela bate à porta
Ela invade
Ela sempre volta


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