Certa vezes até podemos olhar para trás, esticar os braços e novamente tocar aquilo que acabou de passar por nós. Mas se aquilo que passou foi definitivo, no máximo encontraremos a resistência do ar ao movimentarmos nosso corpo.
O mais desesperador é saber que não existe nenhum controle sobre isso e que de uma hora para outra você simplesmente não vê mais, não sente mais, não encontra mais e que seu disco rígido natural é o único lugar onde aquilo que se foi permanece vivo.
Mas se o vazio é sentido, certamente não era a hora do fim. Se a missão foi interrompida é porque ela ainda terá outros capítulos.
Aprendi que somos instantes, mas que também somos intervalos, somos ciclos e vivemos muitas vezes para que um dia possamos encontrar o nível de evolução que precisamos para nunca mais mudar de dimensão. Tudo é um até breve até o abraço derradeiro.
slsjr
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