domingo, 4 de agosto de 2013

Nada sabe


Quando ele realmente tiver que partir, levará no peito o amor verdadeiro e a saudade plena. Quando ouvir alguém comentando sobre o amor e não ouvir que a pessoa sente saudade da outra no mesmo dia em que a viu, dirá que ela não sabe nada.

Se os pensamentos dos dias não estiverem sempre lá, se não existe melhor companhia, dirá que ela não sabe nada. Se o corpo não adoece, se não reclama a ausência e se o coração não dispara a cada encontro, dirá que ela não sabe nada.

Se o melhor lugar não for qualquer um onde a outra parte esteja, se o ar que respira não vier da outra boca, dirá mesmo que ela não sabe o que é o amor.


Se os olhos não a veem como a mais linda do mundo, descabelada, sem maquiagem ao acordar, dirá que ela não sabe absolutamente nada.

Porque agora ele sabe. Conheceu na presença e mais ainda na ausência daquela que o completou. Conheceu no sorriso, na voz, no charme, no talento, no cheiro, comprovando no abraço, beijo e corpo.

Hoje ouve a trilha sonora que se tornou deles. Observa as fotos que montam um pouco dessa história sem adjetivo que caiba, sem nome, sem rótulo e que contam um pouco dos dias que estão eternizados na memória e tatuados no coração.

Hoje espera pelo próximo dia, pelo próximo capítulo do livro perfeitamente imperfeito, ainda sem final pra contar, sem hora marcada e sem lugar reservado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário