E
quando tudo parecia relativamente menos dolorido, o próximo segundo se
encarregou de jogar tudo ao chão. Um detalhe, um mínimo acontecimento e lá se
foi o dia.
Tudo
indica que ele esteja acordado já que abriu os olhos ao levantar da cama, mas
se não sente o ar e não enxerga nada, ele acordou de fato?
Ao
seu redor nota uma correria sem controle onde todos querem ocupar o mesmo
espaço. Se vê inerte, esperando uma pequena lacuna que possa recebê-lo.
Não,
ele não deseja estar em vários lugares e o mundo aos meus pés. Queria apenas um
lugar, uma única companhia.
Então
segue junto a esse paradoxo, indo ao céu, mas tendo que manter os pés no chão. Quando
volta, sua casa não parece ser o seu lar.
Do
auto dos seus desejos mais egoístas, assiste de longe a vida que deveria lhe
pertencer. Assiste de longe as cenas em que deveria atuar e as fotos onde
deveria se eternizar.
Então
ele observa à distância a coreografia de uma vida da qual deseja fazer parte,
querendo compartilhar da mesma dança, do mesmo dia a dia, esperando que o
capítulo final seja o melhor para os dois.
São
as imperfeições de uma história ainda sem final pra se contar. São quadros
incompletos, músicas inacabadas e versos que procuram pelo desfecho correto.
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